Casa Museu Fernando Namora
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    A Casa Museu Fernando Namora, tutelada pela Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova, foi oficialmente aberta ao público no dia 30 de junho de 1990. As sucessivas alterações desta antiga casa de comércio e de habitação onde nasceu o escritor em 1919, tornaram inviável a sua recuperação em termos de remissão para as suas origens.

    Foi assumida uma opção que contempla as necessidades de um espaço expositivo adequado à coleção, tendo em consideração o acesso do público. Manteve-se, no entanto, um ambiente familiar, acolhedor, próprio duma habitação tradicional no centro da vila de Condeixa.

    Os pontos fulcrais deste espaço museológico são constituídos pelo núcleo de pintura de Fernando Namora – «outra sua vocação exigente e criadora», pelo acervo do escritório de Fernando Namora transferido de Lisboa, da sua casa da Avenida Infante Santo, e, ainda, pela coleção de manuscritos, apontamentos originais, provas tipográficas, livros publicados e anotados.

    Um outro núcleo de pintura e escultura com trabalhos de diversos autores nacionais e estrangeiros, em parte exibindo dedicatórias a Namora, marcam outro espaço expositivo.
    O fundo bibliográfico e documental tão revelador de relações de cumplicidade com muitos outros autores, os seus objetos pessoais e ainda o restante espólio, muito contribui para explicar, nas suas diversas vertentes, o Homem que é Namora.

     

    O Patrono

    Fernando Gonçalves Namora (1919-1989) nasceu em Condeixa a 15 de abril. Aqui viveu até aos dez anos de idade, em estreito contacto com a natureza, descobrindo as artes e os ofícios locais, iniciando-se no gosto pelo desenho e pintura.

    Estudante de Medicina em Coimbra, participa ativamente na vida académica e cultural, sendo dessa fase as suas primeiras edições como poeta e romancista.

    Enquanto representante da Geração de 40, integra a tertúlia composta pelo grupo literário que reuniu nomes como João José Cochofel, Joaquim Namorado, ou Carlos de Oliveira, entre outros – sob a influência do ideário que respondia aos anseios de liberdade e justiça social.

    Concluído o curso abre consultório em Condeixa, mas o destino levá-lo-ia a exercer clínica na Beira Interior (substância de Retalhos da Vida de um Médico) e no Alentejo, em Pavia. Experiência que se prolongaria até 1951, quando integra o quadro do Instituto Português de Oncologia, em Lisboa – no qual permanece até optar por dedicar-se exclusivamente à escrita.

    No meio século de vida literária do escritor (1938-1988) ressaltam 32 títulos publicados integrando diversos géneros literários, como sejam a poesia, o romance, a novela, a biografia e a crónica romanceada.

    São inúmeras as edições estrangeiras da sua vasta obra e alguns do títulos foram adaptados ao cinema.

    Fernando Namora – pintor, médico, poeta, escritor – foi um dos iniciadores da «esperança neorrealista» que «exigia da arte intervenção na edificação duma sociedade justa».

    Como tantos outros, o escritor passou pelo incómodo da polícia secreta que durante décadas estigmatizou o país.
    A sua obra reflete-o.

     

     

  • Contactos

    Morada: Largo Artur Barreto, 3150-124 Condeixa-A-Nova

    Telefone: 239 940 146

    Email: casamfnamora@cm-condeixa.pt

    Facebook:  www.facebook.com/Rede-de-Bibliotecas-de-Condeixa

    Coordenadas GPS: N 40º 6' 45'' |  W  8º 29' 59'' HorárioTodos os dias10h - 13h30 | 14h00 - 17h00